Topo

Com torcida a favor em ginásio lotado, Nalbandian vence e espera Nadal na decisão

Nalbandian saúda o público no Ibirapuera na semifinal contra Bolelli no Aberto do Brasil - Wagner Carmo/inovafoto
Nalbandian saúda o público no Ibirapuera na semifinal contra Bolelli no Aberto do Brasil Imagem: Wagner Carmo/inovafoto

Rafael Krieger

Do UOL, em São Paulo*

16/02/2013 17h38

Em uma ensolarada tarde de sábado na capital paulista, o ginásio do Ibirapuera ficou pequeno para mais de nove mil pessoas que ocuparam cadeiras e escadas para ver um jogo de tênis. Não, não era Rafael Nadal em quadra. O argentino David Nalbandian pegou emprestada a torcida pelo ídolo espanhol e deu um aperitivo ao público com a vitória sobre o italiano Simone Bolelli pelas semifinais e a promessa de um grande jogo na decisão de domingo.

Nalbandian superou o calor abafado do ginásio, usando sua experiência e também o apoio da torcida para bater o aguerrido italiano. Bolelli conseguiu três quebras de serviço, mas ainda assim perdeu por 2 sets a 0 e parciais de 6-3 e 7-5.  Na decisão, ele vai reeditar uma antiga rivalidade com Nadal.

O espanhol tem vantagem de 4 a 2 nos confrontos com o argentino, mas na única final disputada entre os dois, Nalbandian levou a melhor. Foi no Masters Series de Paris de 2007, com direito a pneu no segundo set da vitória por 2 a 0.

Nas duas primeiras partidas que disputou com Nadal, Nalbandian venceu. Em compensação, perdeu as outras quatro seguintes. Todos os jogos entre eles foram disputados em piso rápido. No único jogo que seria no saibro, o argentino perdeu por W/O.

Questionado se poderia ter vantagem em uma quadra coberta, como era a de Paris em 2007, Nalbandian aproveitou para criticar as condições de São Paulo: "Aqui, as condições são difíceis para todos. É difícil ter alguma vantagem aqui, porque a bola é ruim e a quadra é ruim. Rafa é um grande jogador onde quer que seja. Mas estou bem, e tenho chances concretas de ganhar". 

Em São Paulo, Nalbandian vive uma semana especial. Queridinho da torcida, ele vinha da vitória surpreendente sobre o atual campeão Nicolas Almagro, em um dos melhores jogos do torneio.

Mesmo na modesta posição 93 do ranking, o argentino atuou à altura dos tempos em que era número 3 do mundo e terá a chance de encerrar um jejum que dura desde agosto de 2010, quando conquistou o último de seus 11 títulos, em Washington.

Neste sábado contra Bolelli, o calor, o cansaço e os 31 anos pesaram contra Nalbandian, que jogou pouco com o primeiro serviço e deu chances para o italiano conseguir três quebras.

A final do Aberto do Brasil será às 15 horas de domingo, depois da decisão de duplas, que terá o brasileiro Bruno Soares em quadra a partir das 11 horas de Brasília.

*Atualizada às 20h10

NALBANDIAN DERROTA BOLELLI E ESTÁ NA DECISÃO